CAMINHOS PARA DESCOLONIZAR A PRÁTICA MISSIONÁRIA DA IGREJA AFRICANA
DOI:
https://doi.org/10.29327/2208571.3.2-2Palavras-chave:
Descolonização, Cultura local, Prática missionária, Modelo missionário, Igreja AfricanaResumo
Nos últimos anos, a igreja angolana tem sido alvo de fortes acusações por parte de muitos nativos. Ela é apontada como uma instituição que foi conivente no processo da colonização ambiciosa e uma das grandes responsáveis pela perda identitária e abandono de muitas práticas culturais locais. Segundo os seus acusadores, a igreja africana serviu de depositária da teologia ocidental que moldou a vida dos nacionais aos padrões europeus. O presente artigo reconhece que o modelo missionário da igreja africana é de matriz ocidental, e foi implantado no contexto da colonização em que a valorização da cultura do colonizador era superestimada em detrimento da cultura local. E, para compreender a colonização de África, faz-se uma breve retrospectiva histórica que evidencia os motivos da colonização e a sedimentação da visão ocidental em relação ao povo e a cultura africana. O autor defende que o genuíno evangelho de Cristo respeita todas as culturas, e ao invés de deformá-las, ele as transforma e purifica. Nos tempos atuais algumas igrejas africanas entendem que há uma necessidade da busca por alternativas de um novo paradigma teológico-missionário que respeita e valoriza a cultura local e que procura responder às perguntas do seu entorno. A igreja africana é, portanto, desafiada a colocar a Bíblia e a cultura local em diálogo para desenvolver uma prática missionária relevante em seu contexto.
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